Os pensamentos pessimistas da Lei de Murphy existem a mais de 60 anos e surgiram após dezenas da testes mal-sucedidos em uma base norte americana. |
William Cirilo Teixeira Rodrigues
Quanto mais pressa você tem, mais devagar a fila anda. Quanto mais você precisa de um celular, maior a chance de a bateria acabar. Saiu sem guarda-chuva? Pode apostar que vai chover. Todo mundo conhece a famosa Lei de Murphy: se alguma coisa pode dar errado, vai dar errado. Todos os piores cenários de azar são previstos por essa lei, que completou 60 anos em 2009. (...)
Ela surgiu em 1949, na Força Aérea dos EUA. Os engenheiros aeronáuticos haviam criado um novo teste para medir a resistência do corpo humano à força da gravidade. Um voluntário ficava amarrado a uma cadeira que era acelerada num trilho a 320 Km/h. Quando a cadeira atingia sua velocidade máxima, os engenheiros apertavam um botão e ela era freava em menos de um segundo. No primeiro teste, o voluntário saiu muito machucado. Nos meses seguintes, o teste foi repetido várias vezes, sempre com o voluntário se arrebentando.
Um sacrifício em nome da ciência. Mas um belo dia o capitão Edward Murphy jr., que estava coordenando a experiência, percebeu que os técnicos tinham cometido um erro terrível. Os sensores haviam sido ligados ao contrário, e por isso não funcionaram. Todo o sofrimento dos voluntários havia sido em vão. Foi ai que Murphy, muito irritado cunhou a famosa frase que viria a se tornar a lei universal do pessimismo.
Desde então, diversos estudos e experiências tentaram comprovar cientificamente a Lei de Murphy, com resultados contraditórios. A emissora BBC e o programa Mythbuster constataram que, na prática, o pãozinho que cai da mesa tem a mesma chance de tocar o chão com a manteiga virada para cima ou para baixo. Logo, o seu café da manhã está salvo da Lei de Murphy.
Mas estudos feitos por economistas ingleses revelou que, no mercado financeiro, ela realmente existe: quando coloca seu dinheiro numa empresa nova, que ainda não conhece, o investidor tem mais probabilidade de perder do que de ganhar. A lei também faturou o Prêmio Ig Nobel, concedido a descobertas inusitadas. “A Lei de Murphy nos faz rir e refletir ao mesmo tempo”, diz Marc Abrahams, diretor do prêmio. “Ela ajuda a considerar o que pode dar errado,algo necessário em qualquer trabalho científico”, afirma. Ou seja, é preciso pensar no pior para evitar que ele aconteça.
Matéria retirada da revista curso preparatório Enem 2011. Por Gisele Blanco adaptada da revista superinteressante abril/2009
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