sábado, 18 de março de 2017

Biografia: Asoka - e a Monarquia iluminada.


Asoka (? – 232 a.C)
Texto integral.
Por definição, uma pessoa é chamada de líder quando ela é capaz de comandar um povo graças a uma mescla de inteligência e poder. Nos primeiros momentos da civilização humana, os lideres eram vistos como onipotentes e como seres diferenciados dos povos que governavam e muitos foram respeitados como se tivessem poderes divinos. No Egito, por exemplo, os faraós haviam sido aceitos como deuses. A autoridade dos reis era enorme, e eles governavam somente por decretos. O que o rei dizia virava lei.  Alguns governantes eram benevolentes. Enquanto outros, extremamente cruéis. Em comum, a maioria governava com mãos de ferro. Agir de forma diferente seria incentivar o desrespeito. Em toda a história da humanidade, é bem provável que Asoka tenha sido a primeira grande exceção à regra.
Ele nasceu como membro da dinastia Mauria, onde hoje fica a Índia, por volta de 300 a.C., e governou o reino de Magadha de 273 a.C. a 22 a.C. Seu império acabou incluindo quase toda a atual Índia (exceto a extremidade sul), bem como o que hoje é o Paquistão, Bangladesh e o Afeganistão. Em 261 a.C., seus exércitos esmagaram os Kalingas numa guerra terrivelmente sangrenta, que causou a morte de 200 mil pessoas. Como testemunha do horror e sofrimento, Asoka ficou horrorizado e concluiu que nenhuma vitória militar compensava a perda de tantas vidas. Chocado e arrependido, ele se converteu ao budismo (que ajudou a difundir pela Ásia), abriu mão tanto da conquista militar como da política, baniu o sacrifício de pessoas e de animais e manteve seu exército numa postura puramente defensiva.

Asoka tornara-se um homem de consciência e possivelmente o primeiro monarca realmente “iluminado” do mundo. Além de abandonar a violência como política externa, ele também reformulou sua política interna, incluindo projetos de obras públicas e o estabelecimento de instituições que serviriam ao bem-estar do povo que governava.
Referencias:
YENE, Bill. 100 Homens que mudaram a história do mundo. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.

Biografia: Alexandre o Grande - e a fusão cultural entre Oriente e Ocidente.

Alexandre o Grande (365-323 a.C)
Texto integral.
Alexandre era filho de Filipe II da Macedônia e de Olímpia, a filha de Neoptólemo de Épiro. Filipe, também era um grande líder, trouxera toda Grécia sob seu comando antes de ser assassinado, em 336 a.C. O jovem Alexandre cresceu em Atenas, à sombra de seu pai e do grande filósofo Aristóteles, que foi seu professor. Aos vinte anos de idade, quando já era um homem destinado à grandeza, ele sucedeu seu pai. Embora Alexandre tenha governado somente por treze anos, durante esse tempo foi capaz de construir um império maior do que qualquer outro que já havia existido.
Ele estava destinado a realizar aquilo em que os persas falharam um século antes: estabelecer um vasto império que enquadrasse tanto a Europa como a Ásia e que se estendesse da Grécia à Índia. É por isso que o conhecemos como Alexandre o Grande.
Depois que Alexandre derrotou o imperador persa Dário II (558-486 a.C) na Batalha de Íssus em 333 a.C, o império persa ruiu. Com 33 anos de idade, Alexandre governava cinquenta vezes mais terras e vinte vezes mais pessoas do que havia no império grego que ele herdou de seu pai. Esse imenso território incluía a Grécia, o Egito, todo o Império Persa e tudo o que hoje consideramos Oriente Médio. Ele marchou para o norte até o Danúbio, na Europa; para leste, até o Ganges, na Índia; e chegou mesmo a enviar uma expedição para o interior da África na tentativa de encontrar a nascente do Rio Nilo.
Na época de sua morte, em 323 a.C., Alexandre foi considerado o maior general e o maior “construtor” de impérios que o mundo já havia conhecido. Mesmo hoje, 24 séculos mais tarde, ele não chega a ter mais do que seis rivais em termos de realizações.

Embora Alexandre fosse líder carismático, a maior importância de seu império foi que, pela primeira vez, pôde haver uma troca livre de ideias entre as culturas de duas vastas regiões que, até então, haviam permanecido isoladas uma da outra. Ao contrário de outros líderes vitoriosos, Alexandre não somente foi receptivo às ideias dos povos conquistados como também adotou algumas delas que conheceu na organização política persa. Por outro lado, a arte grega também pode receber grande influência da indiana. Antes de sua morte prematura, aos 33 anos de idade, Alexandre construiu a cidade de Alexandria, no Egito, cuja preciosa biblioteca sobreviveu durante mil anos e acabou se tornando o maior centro de conhecimento do mundo.

Referências:
YENE, Bill. 100 Homens que mudaram a história do mundo. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.