Sem dúvida o maior tratado de guerra de todos os tempos. |
Biografia
de Sun Tzu.
Sun Tzu é um
daqueles personagens históricos que não podemos afirmar com certeza se existiu
ou não. Figurando no panteão de Jesus Cristo e Sócrates, homens de influência
inegável, mas de existência questionável. Aqui levaremos em consideração sua
existência é real.
Guerreiro
filósofo e autor de A Arte da Guerra, são poucas as biografias sobre Sun Tzu e
em geral, apegam-se aos feitos militares do mais famoso general da província de
Wu. Acredita-se que ele tenha vivido entre 544 e 496 a.C no Período dos Reinos
Combatentes (476 a.C. – 221 a.C.).
Resumo
da Obra: A Arte da Guerra.
Primeiro tratado
militar do qual se tem notícia A Arte da Guerra, escrita por volta do século IV
a.C em tábuas de bambu, possuí 13 curtos capítulos incisivos, diretos e sem
rodeios sobre a atuação militar. Desde à preparação inicial até o combate em si,
passando pela utilização de fogo em combates e convocação de espiões. Portanto,
A Arte da Guerra nada mais é, que um manual de táticas militares.
A grande
dificuldade ao resumir essa obra é o fato dela não precisar de resumo. Cada
capitulo é composto por espécies de palavras de ordem, concisas em palavras,
mas grandiosa em significado. Sendo assim farei o máximo possível.
Em seu primeiro
capítulo, Sun Tzu chama a atenção para o fato de a Guerra ser algo de sumo
importância para o Estado, e este deve estar sempre preparado para ela.
Contudo, o general habilidoso deve evitar o combate a todo custo. Caso isso não
seja possível, é necessária a observância de cinco fatores: influência moral
(até que ponto seus soldados estão dispostos a morrer por você), meteorologia,
terreno, comando (o general deve ser sábio) e doutrina (obediência da tropa).
Sun Tzu destaca ainda a importância do engodo – sempre que possível engane seu
inimigo.
O segundo
capítulo trata sobre a guerra. A guerra é cara e quando a batalha se prolonga
não surte efeito, pois enfraquece a tropa e o povo. Guerras devem ser rápidas e
feitas às custas do rival. Saqueie-o.
Maquiavel dizia
ser melhor reinar sobre escombros do que não reinar. Sun Tzu vai totalmente
contra essa linha de pensamento em seu terceiro capitulo, sempre que possível
conquiste o inimigo sem destruir suas riquezas, coisas e pessoas. E a única
maneira de se fazer isso é atravéz da vitória sem batalha, utilizando-se do
engodo, da perícia e da enganação. A aniquilação total do inimigo é sempre a
última opção.
O general
habilidoso só deve consentir com a batalha quando estiver certo da vitória. Ele
deve ter entendido todas as fraquezas do inimigo e então atacar, criticando
assim a tática do “cachorro louco” – onde primeiro se entre em guerra para
depois buscar a vitória –, Sun Tzu primeiro enxerga a possibilidade de vitória
(através do estudo) para depois ir à guerra.
A organização
das tropas é de fundamental importância para a vitória. Segundo Sun Tzu
controlar um grande exército e como controlar um pequeno grupo, tudo é questão
de organização. Cabe ao bom general organizar a energia desse exército, pois só
existem dois tipos de ataques, o direto e o indireto, mas assim como só existem
cinco cores primárias e o pintor cria nuances infinitas, o bom general utiliza
esses dois tipos de ataques para criar possibilidades infinitas.
No sexto
capítulo fica clara a ideia de que o general inteligente deve controlar a
situação. Ele não é levado pelo adversário à batalha, é ele quem leva. Force
seu inimigo ao movimento e coloque-o onde você quer. Tenha o destino de seus
inimigos em suas mãos. Ataque os pontos fracos, não deixe o inimigo saber onde
você atacará, não use sempre a mesma estratégia, seja transmórfico como à água.
Não há nada mais
difícil do que manobrar um exército, pois, um exército indisciplinado
manobrando tende ao caos. A arte de manobrar, marchar, avançar e recuar são
imprescindíveis para o bom general.
O general deve
possuir retidão, ser bom observador e aproveitar as oportunidades sempre se
apresentarem. Assim sendo, existem cinco ações que por levar um general à
desgraça: imprudência, covardia, temperamento vulnerável, sensibilidade à honra
e à vergonha e excesso de compaixão com seus homens.
O nono capítulo
trata de manobras estratégicas. Em termos físicos concretos, ele recomenda
certos tipos óbvios de terreno que favorecem as probabilidades de vitória:
elevações, rio acima, o lado ensolarado dos morros, regiões abundantes de
recursos. Com base nas três dimensões, descreve ainda os modos de interpretar
os movimentos do inimigo. Mais uma vez Mestre Sun fala sobre os três aspectos
da arte do guerreiro — o físico, o social e o psicológico.
Os capítulos
subsequentes tratam – em ordem – dos diferentes tipos de terreno, sua forma de
usá-los na batalha, utilização do fogo e de espiões.
Curiosidades.
Acredita-se
que Sun Tzu foi lido por Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler e Mao Tsé Tung.
Recomendo
um documentário da History Channel disponível sobre o tema no youtube.
Referências.
TZU,
Sun. A Arte da Guerra. 1 ed. Barueri.
Ciranda Cultural, 2015.
TZU,
Sun. A Arte da Guerra. São Paulo.
Escala.