Cap.
14: Vias de comunicação e transporte.
(P.237)
As
comunicações e os transportes exerceram profunda influência na formação do país.
A geografia, o relevo, a hidrografia e a vegetação vão marcar as comunicações
coloniais com morosidade, lentidão e retardo.
O sistema de comunicação da colônia
evoluiu acompanhando naturalmente a progressão do povoamento. Primeiro no
litoral e partindo em direção ao interior, as vias de comunicação seguem o
mesmo caminho.
Os homens que se fixam no interior
procuram rapidamente construir um caminho que os liguem ao litoral. Estas vias
ligam o interior ao litoral, mas não ligam-se entre si, e toda comunicação deve
passar obrigatoriamente pela via marítima.
Este capitulo objetiva relatar as
principais vias de acesso ao interior da colônia: norte, nordeste, centro-oeste
e sul.
(P.255) As estradas coloniais
são extremamente precárias. Nas chuvas a estrada de terra transforma-se num
grande atoleiro, na seca as vias fluviais desaparecem. Poucas são calçadas e a
escolha do traçado possui uma regra “a que mais economizar esforço em sua
construção”, assim surgem aberrações pelo caminho. As primeiras estradas carroçáveis
surgem apenas com a chegada da família real.
Tudo o que é transportado se faz
pela força de escravos ou de bestas, que é um tipo de transporte muito caro em
comparação com o fluvial.
(P.237) Com o tempo, as
comunicações que eram por via marítima se entrelaçam, ligando vários núcleos do
interior sem passar pela mediação do litoral, mas no século XIX esta tentativa
de criar um sistema de comunicações internos será desbancada pela introdução da
navegação a vapor e pela navegação de cabotagem, o que acaba por substituir a
comunicação pelo interior.
Fonte: PRADO JÚNIOR,
Caio: Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo. Ed Brasiliense. 7ª
reimpressão, da 23ª edição de 1994. Pág 237-287.
Muito bom !!
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