Buda (Sidarta Gautama) (563-483 a.C.)
Texto
integral.
Entre
as grandes religiões do mundo que contam com o maior número de seguidores, duas
(o Judaísmo e o Hinduísmo) têm raízes na Antiguidade e, por isso, não possuem
um fundador específico. Mas as outras três (Budismo, Cristianismo e Islamismo)
têm origens mais recentes e há registros de quem as estabeleceram. O fundador
do Budismo chama-se Sidarta Gautama, que nasceu em Lumbini, no norte na Índia
(hoje Nepal). Ele era filho de um abastado rajá e se casou muito jovem aos
dezesseis anos de idade, com uma prima da mesma idade. Sidarta foi criado num
luxuoso palácio e cercado de conforto material. Mas isso não lhe bastava e ele
vivia insatisfeito. Ao redor, a maioria das pessoas eram pobres e sempre
passava necessidade. Mesmo entre os ricos, havia pessoas infelizes. E a morte
era certa para todos. Sidarta decidiu, então criar uma nova filosofia religiosa
que livrasse o espírito, senão o corpo, das aflições mundanas. Aos 29 anos de
idade, ele teve várias visões e se convenceu de que deveria abandonar o
palácio, sua esposa e seu filho recém-nascido, renunciar a todas as
propriedades mundanas e sair, como um andarilho, em busca da “verdade”. Ele
visitou muitos religiosos e passou anos jejuando e meditando com o objetivo de
superar todos os desejos do corpo, incluindo a fome, e adquirir o total
controle de sua mente. Depois percebeu que não adiantava nada e voltou a se
alimentar novamente.
A
verdade que Sidarta tanto perseguia lhe apareceu numa noite de maio, por volta
de 528 a.C, quando sentado sob uma árvore, ele recebeu a o que os budistas
chamam pelo nome de iluminação. Sidarta compreendeu que os sofrimentos poderiam
ser derrotados. Uma das doutrinas básicas do Hinduísmo é o ciclo de
reencarnação. As almas de todas as coisas vivas que morressem renasceriam em
outras coisas vivas. Este ciclo continuaria para sempre, com a alma evoluindo
desde um inseto, passado por um animal, até chegar a forma humana. Se o homem é
ruim durante a vida inferior, ele renasceria como uma forma de vida inferior. Se
não, ele renasce como outra pessoa. Este ciclo de reencarnação é infinito, mas
Sidarta concluiu que, ao seguir o caminho correto (dharma) da meditação e
devoção, a alma poderia chegar ao nirvana, um estado final não diferente do
conceito judaico-cristão de Paraíso.
Sidarta
adotou o nome de Buda, que significa “o iluminado”, e saiu pelo mundo para
ensinar a sua filosofia. Após sua morte, seus seguidores espalharam a filosofia
budista pela Ásia, encontrando na China, no Japão e no sudeste da Ásia um
número de adesões muito maior do que na própria Índia. Hoje, há quase 300
milhões de budistas no mundo, 99,5% deles na Ásia.
Referencias:
YENE, Bill. 100 Homens que mudaram a história do mundo. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.
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