terça-feira, 26 de julho de 2016

Resenha: A Arte da Guerra de Sun Tzu

Sem dúvida o maior tratado de guerra de todos os tempos.
Biografia de Sun Tzu.
Sun Tzu é um daqueles personagens históricos que não podemos afirmar com certeza se existiu ou não. Figurando no panteão de Jesus Cristo e Sócrates, homens de influência inegável, mas de existência questionável. Aqui levaremos em consideração sua existência é real.
Guerreiro filósofo e autor de A Arte da Guerra, são poucas as biografias sobre Sun Tzu e em geral, apegam-se aos feitos militares do mais famoso general da província de Wu. Acredita-se que ele tenha vivido entre 544 e 496 a.C no Período dos Reinos Combatentes (476 a.C. – 221 a.C.).
Resumo da Obra: A Arte da Guerra.
Primeiro tratado militar do qual se tem notícia A Arte da Guerra, escrita por volta do século IV a.C em tábuas de bambu, possuí 13 curtos capítulos incisivos, diretos e sem rodeios sobre a atuação militar. Desde à preparação inicial até o combate em si, passando pela utilização de fogo em combates e convocação de espiões. Portanto, A Arte da Guerra nada mais é, que um manual de táticas militares.
A grande dificuldade ao resumir essa obra é o fato dela não precisar de resumo. Cada capitulo é composto por espécies de palavras de ordem, concisas em palavras, mas grandiosa em significado. Sendo assim farei o máximo possível.
Em seu primeiro capítulo, Sun Tzu chama a atenção para o fato de a Guerra ser algo de sumo importância para o Estado, e este deve estar sempre preparado para ela. Contudo, o general habilidoso deve evitar o combate a todo custo. Caso isso não seja possível, é necessária a observância de cinco fatores: influência moral (até que ponto seus soldados estão dispostos a morrer por você), meteorologia, terreno, comando (o general deve ser sábio) e doutrina (obediência da tropa). Sun Tzu destaca ainda a importância do engodo – sempre que possível engane seu inimigo.
O segundo capítulo trata sobre a guerra. A guerra é cara e quando a batalha se prolonga não surte efeito, pois enfraquece a tropa e o povo. Guerras devem ser rápidas e feitas às custas do rival. Saqueie-o.
Maquiavel dizia ser melhor reinar sobre escombros do que não reinar. Sun Tzu vai totalmente contra essa linha de pensamento em seu terceiro capitulo, sempre que possível conquiste o inimigo sem destruir suas riquezas, coisas e pessoas. E a única maneira de se fazer isso é atravéz da vitória sem batalha, utilizando-se do engodo, da perícia e da enganação. A aniquilação total do inimigo é sempre a última opção.
O general habilidoso só deve consentir com a batalha quando estiver certo da vitória. Ele deve ter entendido todas as fraquezas do inimigo e então atacar, criticando assim a tática do “cachorro louco” – onde primeiro se entre em guerra para depois buscar a vitória –, Sun Tzu primeiro enxerga a possibilidade de vitória (através do estudo) para depois ir à guerra.
A organização das tropas é de fundamental importância para a vitória. Segundo Sun Tzu controlar um grande exército e como controlar um pequeno grupo, tudo é questão de organização. Cabe ao bom general organizar a energia desse exército, pois só existem dois tipos de ataques, o direto e o indireto, mas assim como só existem cinco cores primárias e o pintor cria nuances infinitas, o bom general utiliza esses dois tipos de ataques para criar possibilidades infinitas.
No sexto capítulo fica clara a ideia de que o general inteligente deve controlar a situação. Ele não é levado pelo adversário à batalha, é ele quem leva. Force seu inimigo ao movimento e coloque-o onde você quer. Tenha o destino de seus inimigos em suas mãos. Ataque os pontos fracos, não deixe o inimigo saber onde você atacará, não use sempre a mesma estratégia, seja transmórfico como à água.
Não há nada mais difícil do que manobrar um exército, pois, um exército indisciplinado manobrando tende ao caos. A arte de manobrar, marchar, avançar e recuar são imprescindíveis para o bom general.
O general deve possuir retidão, ser bom observador e aproveitar as oportunidades sempre se apresentarem. Assim sendo, existem cinco ações que por levar um general à desgraça: imprudência, covardia, temperamento vulnerável, sensibilidade à honra e à vergonha e excesso de compaixão com seus homens.
O nono capítulo trata de manobras estratégicas. Em termos físicos concretos, ele recomenda certos tipos óbvios de terreno que favorecem as probabilidades de vitória: elevações, rio acima, o lado ensolarado dos morros, regiões abundantes de recursos. Com base nas três dimensões, descreve ainda os modos de interpretar os movimentos do inimigo. Mais uma vez Mestre Sun fala sobre os três aspectos da arte do guerreiro — o físico, o social e o psicológico.
Os capítulos subsequentes tratam – em ordem – dos diferentes tipos de terreno, sua forma de usá-los na batalha, utilização do fogo e de espiões.
Curiosidades.
Acredita-se que Sun Tzu foi lido por Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler e Mao Tsé Tung.
Recomendo um documentário da History Channel disponível sobre o tema no youtube.
Referências.
TZU, Sun. A Arte da Guerra. 1 ed. Barueri. Ciranda Cultural, 2015.
TZU, Sun. A Arte da Guerra. São Paulo. Escala.

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