Caio Júlio César (102-44 a.C)
Texto
integral.
Com
a derrota de Cartago nas Guerras Púnicas (246-44 a.C), Roma passou a dominar o
Mediterrâneo, e os líderes romanos começaram a acreditar que Roma tinha um
“manifesto divino” para subjugar e comandar o máximo possível do mundo
conhecido. Foi por meio de Caio Júlio César que Roma realmente cumpriu tal
manifesto, estendendo as fronteiras do Império Romano além de onde chegara
qualquer outro governante. Imortalizado em histórias, em versos e no teatro de
Shakespeare, ele é tido como a encarnação do Império Romano, embora, durante
sua vida, Roma fosse uma República e o cargo de imperador só passasse a existir
após sua morte.
César,
filho de nobres, ingressou no exército romano e serviu na Ásia com dedicação e
bravura, conquistando a Coroa Cívica, a mais valiosa das medalhas. Depois de
retornar a Roma, ele entrou para a política, tornou-se tesoureiro de Estado aos
34 anos, pretor principal aos 39 e foi eleito para o Consulado aos 43 anos (o
mais alto posto da Roma Antiga.
Para
aumentar o poder e a glória de Roma, assim como sua própria fama, César liderou
uma expedição militar ao norte. Entre os anos 58 e 55 a.C, ele conquistou a
Gália (atual França), e Helvética (Suiça) e a Bélgica. Também invadiu e dominou
a maior parte da Bretanha e cruzou o rio Reno para combater germânicos.
César
retornou a Roma como herói, mas se achou num conflito político com Pompeu
(106-48 a.C), general romano que havia tomado Jerusalém. Pompeu também possuía
o posto de Cônsul Principal e César havia pedido o Consulado para si próprio.
Mas entregaram o cargo a Pompeu.
Pela
lei, não era permitido aos generais trazerem seus exércitos para dentro da
cidade de Roma. Pelo contrário, eles deveriam ser mantidos ao norte do Rio
Rubicão. Em 49. a.C., porém, César infringiu a lei, atravessou o Rubicão e
entrou em Roma para tentar um golpe. Ele depôs Pompeu e eliminou a República,
convertendo-se em governante absoluto, como sempre havia sido seu desejo.
Depois de consolidar o poder de Roma sobre a Grécia e de liderar uma campanha
sobre a Síria e o Egito, ele voltou a Roma em 45 a.C. para ser declarado
ditador perpétuo e governar como o maior de todos os conquistadores da
História, - maior ainda que Alexandre, o Grande. César governou ditatorialmente
por pouco tempo. Em 15 de março de 44 a.C., ele foi assassinado no Senado
romano por uma conspiração liderada por seu filho adotivo, Marco Júnio Bruto
(85-42 a.C).
Júlio
César alterou, e muito, o curso da história romana, - e, aliás, da própria
Europa. Em Roma, ele havia desbancado a República e criado o posto de “imperador
de fato”, que se tornaria oficial com a ascensão ao poder de seu sobrinho César
Augusto, catorze anos após sua morte. Quando César iniciou sua ascensão ao
poder, Roma era a maior força política do Mediterrâneo. Na época de sua morte,
Roma também havia se tornado a primeira superpotência da Europa – e talvez do
mundo.
Referências.
YENE, Bill. 100 Homens que mudaram a história do mundo. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.
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