(P.77) Cap. III: O sonho é a realização
de um desejo.
Os
sonhos não são destituídos de sentido, não são absurdos, não implicam que uma
parcela de nossa reserva de representações esteja adormecida enquanto outra
começa a despertar. Pelo contrário, são fenômenos psíquicos de inteira validade
– são realizações de desejos – e podem ser inseridos na cadeia de atos mentais
inteligíveis de vigília. São produzidos por uma atividade mental altamente
complexa.
(P.78) Vimos que um
sonho pode representar um desejo como realizado, o que nos levanta a dúvida.
Isso é uma característica universal dos sonhos, ou, é o conteúdo de um sonhos
específico?
É
fácil provar que muitos sonhos são a realização de desejos, como por exemplo,
quando temos sede enquanto dormimos e então sonhamos que bebemos um belo gole
d’água.
(P.80) Os sonhos das
crianças são frequentemente pura realização de desejos, e diferente dos sonhos
dos adultos não levantam problemas para serem solucionados, mas são de
inestimável importância para provar que, em sua natureza essencial, todos os
sonhos representam a realização de desejos.
(P.82) Até mesmo na
língua sonho tem sentido de desejo. Sempre que vemos nossas expectativas
ultrapassadas por um acontecimento, exclamamos : “eu nunca teria imaginado tal
coisa, nem em meus sonhos mais fantásticos”.
Referências
FREUD, Sigmund. Interpretação dos Sonhos. 1. Ed. São Paulo. Folha de S. Paulo, 2010. P.77-82.
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