terça-feira, 15 de novembro de 2016

Fichamento: Freakonomics - Introdução.


(P.15) Introdução: o lado oculto de tudo.
Os índices de violência no início da década de 90 deram um salto em relação às décadas anteriores. O principal grupo social envolvido era o chamado Superpredador: adolescentes das grandes metrópoles, com uma arma nas mãos e muito ódio no coração.
(P.16) Em um cenário otimista, os criminalistas acreditavam que nos anos seguintes os homicídios cometidos por adolescentes cresceriam 15%. Em um cenário pessimista, seria o apocalipse.
Então, subitamente, as taxas de criminalidade começaram a baixar. A queda foi tão grande que em 2000 o índice nacional de homicídio atingiu o nível mais baixo em 35 anos.
(P.17) Logo especialistas correram para explicar o fenômeno: crescimento econômico, controle da venda de armas, novas estratégias policiais, etc. E em pouco tempo estas explicações tornaram-se senso comum. Só havia um problema: não estavam certas.
O fator que mais contribuiu para essa queda da criminalidade nos anos 90, ocorrera 20 anos antes e tivera como protagonista uma jovem de Dallas chamada Norma McCorvey.
McCorvey, 21 anos, alcoólatra, usuária de drogas e que já havia entregue  dois filhos para a adoção deu início a uma luta pelo direito de abortar. Após grande estardalhaço ela venceu e o aborto foi legalizado em todo país.
(P.18) Mas como isso contribui, uma geração depois, para a maior queda da criminalidade na história contemporânea?
Simplesmente o fato de que os criminosos em potencial não nasceram. Com o acesso fácil ao aborto, famílias desestruturadas e problemáticas não tiveram filhos – e como sabemos crianças criadas nesses ambientes tendem a criminalidade. Quando essas crianças não nascidas atingiram a idade do crime, o índice de criminalidade começou a despencar.
(P.22) O que os autores querem mostrar é que a relação causa-efeito mais plausível, nem sempre é a certa. Ou seja, muitas vezes não é simplesmente porque duas coisas são correlatas e ocorrerem quase ao mesmo tempo que uma é a causa da outra. Ex: “um Czar soube que a região mais atingida por uma determinada doença era a que também possuía mais médicos. Sua solução foi mandar fuzilar os médicos”.
(P.25) O objetivo do livro é abordar assuntos sob uma perspectiva diferente, abandonando o humanismo e o moralismo e aceitando honestamente os dados.
Podemos dizer que o moralismo representa a forma como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse, enquanto a economia representa a forma como ele realmente funciona. A economia é, acima de tudo, uma ciência feita para medir. Possuí um conjunto incrivelmente eficiente e flexível de ferramentas capaz de acessar de maneira confiável uma variedade de informações a fim de identificar o efeito de qualquer fator isolado ou mesmo o efeito integral.
As ideias fundamentais do livro são:
1. Os incentivos são a pedra fundamental da vida moderna: devemos buscar entender o que incentiva (motivou) o quê.
2. A sabedoria convencional (senso comum) em geral está equivocada.
3. Causas distantes e sutis podem provocar efeitos drásticos: a relação causa/efeito nem sempre está diante de nossos olhos. Se assemelhando ao efeito borboleta.
(P.15) 4. Os “especialistas” – dos criminologistas aos corretores de imóveis – usam suas informações privilegiadas em benefício próprio.
5. Saber o que medir e como medir faz o mundo parecer muito menos complicado: quando se aprende a examinar os dados de forma correta, é possível explicar enigmas que antes pareciam insolúveis.
Assim, a meta deste livro é explorar o lado oculto de tudo. Apresentando abordagens nunca antes tentadas. Daí surge o Freakonomics (economia excêntrica).

Referências.
DUBNER, Stephen J. Freakonomics : o lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta : as revelações de um economista original e politicamente incorreto / Stephen Dubner, Steven Levitt ; tradução Regina Lyra. – Rio de Janeiro : lsevier, 2005 – 7 Reimpressão

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