Quando
foi? De fins do século XV até meados do século XIX.
Onde
foi? Em praticamente todo o continente americano. Em
especial América do sul, central e Caribe.
O
que foi? Foi o maior massacre da humanidade. Estima-se que
cerca de 20 milhões de nativo-americanos morreram somente nos primeiros trinta
anos de colonização graças à fome, as guerras de conquista e principalmente as
doenças trazidas pelos conquistadores.
Os
primeiros contatos: Em 1492, o explorador Genovês Cristóvão
Colombo chegou a uma pequena ilha no Caribe acreditando estar nas Índias. Este
ato marca o início da colonização do continente americano e de uma reviravolta
tanto em nosso continente, quanto na Europa.
A chegada dos
europeus na terra que hoje conhecemos como América, foi sem dúvida o encontro
mais surpreendente da nossa história. O assombro foi mútuo. Europeus
acreditavam ter chegado ao Éden. Já os nativos viam aqueles homens barbudos,
brancos, fedidos, com armaduras e montados em cavalos como deuses.
Em 1519, Hernán
Cortez chega a capital do império Asteca e fica deslumbrado com o que vê. Os
nativos vivem em sociedades organizadas, possuem sua própria cultura, religião
e arte. Além de dominarem técnicas de construção e agricultura.
A
Guerra de Conquista: Diferente da América portuguesa que não
possuía sociedades nativas organizadas, a América espanhola teve que enfrentar
uma verdadeira guerra de conquista para colonizar o território americano.
Incas e Astecas,
apesar de serem em maior número, foram facilmente dominados pelos espanhóis. Um
exemplo foi a conquista do México por Hernán Cortez que com quatrocentos
homens, dezesseis cavalos, trinta e duas escopetas e quatro canhões, derrotou
um exército de cerca de quinhentos mil astecas e arrasou a linda cidade de
Tenochtitlan, com a ajuda de indígenas de outras tribos.
Acredita-se que
existiam em toda a América entre 50 e 100 milhões de nativos, enquanto a Europa
da mesma época possuía entre 60 e 70 milhões de habitantes. A redução indígena
foi drástica, eles foram dizimados pela guerra, pela fome, pelos maus tratos e
principalmente pelas doenças trazidas pelos europeus contra as quais não
possuíam anticorpos.
Os nativos
lutaram contra a dominação dos espanhóis, mas foram vencidos. Os que
sobreviveram tornaram-se a mão-de-obra da colônia espanhola.
A
mão-de-obra indígena: Desde o início, os europeus queriam
escravizar os povos nativos, mas a Igreja Católica era contra, pois para ela a
missão da Espanha na América era a de salvar as almas pagãs. A coroa espanhola
estava dividida, não podia ir contra a Igreja e nem contra os colonizadores.
Para contornar a situação ela criou em 1919 a Lei da Guerra Justa. Com essa nova lei, a escravidão pura e simples
não era permitida, mas as populações consideradas hostis e que colocassem em
risco os projetos da Coroa podiam ser escravizadas.
Quase 30 anos
depois, em 1540, a lei da Guerra Justa é revogada e a escravidão é declarada
completamente ilegal na América Espanhola. Mérito da Igreja Católica que
pressionava a Coroa.
Entretanto, o
fim da escravidão coincide com a descoberta das grande minas de prata no Peru e
no México. Então como resolver novamente o problema da mão-de-obra? Como forças
os indígenas a trabalhar?
A solução veio
com uma prática que já ocorria nos Impérios Astecas e Incas, o chamado Recolhimento Forçado dos Nativos. Assim
como a guerra justa, o recolhimento dos nativos era uma forma de contornar a
legislação que impedia a escravidão indígena.
Como
trabalhavam os nativos? O trabalho não era gratuito, pois
não era uma escravidão. Os espanhóis iam até as comunidades e sorteavam as
pessoas que iriam ser obrigadas a trabalhar nas minas. O trabalho era forçado
(trabalho compulsório), e os indígenas trabalhadores (mitayos) recebiam um jornal em prata (mita), com o qual deveriam se alimentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário