O presente diagrama encontra-se
explicado no capitulo IV intitulado “A
Seleção natural ou a perseverança do mais capaz” dentro do livro A Origem das Espécies de Charles Darwin,
com o subtítulo “Prováveis efeitos da
ação da seleção natural, em seguida à discrepância dos caracteres e à extinção
sobre os descendentes de um antepassado comum”.
Partindo do princípio que sou
leigo em biologia, decidi escrever e tentar explicar esse diagrama durante uma
releitura do livro em questão por dois motivos. Primeiro para ajudar a todos,
que assim como eu, sentem uma grande dificuldade na leitura de tão grandiosa
obra, especialmente em momentos em que o livro abusa de termos próprios deste
campo da ciência. Segundo não encontrei nada na internet voltado para o público
em geral.
A primeira coisa que devemos
entender é que cada linha horizontal corresponde a mil gerações – Darwin usa
esse número como exemplo. Supondo que A seja um animal ou um vegetal de uma
variedade muito rica em sua própria região.
E as linhas que sobem de A em
direção ao topo do diagrama são as diversas variações que seus descendentes
apresentaram. Como somente as variações vantajosas persistem, observe que, de
todas as variações de A, somente as variações a¹ e m¹ foram capazes de,
após mil gerações, gerar uma nova variedade de ser vivo. Ainda parecidas, em
parte, com a original A, mas mesmo assim diferentes.
Cada variedade (a¹ e m¹) evoluiu
a sua maneira, herdando características que lhe eram úteis na luta pela
sobrevivência. Como estas duas variedades são mutáveis, as variações persistem
durante as dez mil gerações seguintes. Observe ainda que no decorrer da
evolução de a¹ e m¹ vão surgindo novas variedades.
Darwin chama a atenção ainda ao
fato de que a espécie original A dou origem ao final de dez mil gerações as
espécies a¹º, f¹º e m¹º. Três espécies completamente diferentes, mas que
possuem um ancestral em comum.
E se chegarmos à décima quarta
geração veremos que a espécie A gerou oito espécies diferentes.
Da mesma forma que uma
determinada espécie pode gerar oito novas espécies, como no exemplo hipotético
de Darwin, uma espécie pode não se modificar, ou modificar-se pouco, neste
mesmo passar de tempo. É o exemplo da espécie F, que após catorze mil gerações
se manteve intacta.
Fonte:
DARWIN; Charles: A Origem das espécies. São Paulo, Folha
de São Paulo, 2010. Coleção: Livros que mudaram o mundo. 368 pág’s.
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