Quanto dinheiro
existe no mundo? Segundo Daniel Motta, professor de estratégia econômica do
Insper, existem duas respostas a essa pergunta.
A primeira diz
respeito ao PIB. Pode-se somar o PIB de todos os países e a partir daí tirar
uma base de quanta riqueza se produz em nosso planeta, que hoje gira em torno
dos 50 ou 60 trilhões de dólares.
A segundo resposta
é calculada com base em quatro dados: o valor total dos
depósitos bancários, fornecido pelos bancos; o valor do títulos públicos e dos
privados e o valor atual de todas as ações no mercado. Este número representa o
“total de ativos existentes no mundo, ou seja, é o dinheiro que gira”. Segundo Mota
existe hoje em nosso planeta algo em torno de US$ 170 trilhões de dólares!
Já o Brasil, de
acordo com essas estimativas possuí um PIB de cerca de US$ 2.456 trilhões de
dólares sendo considerado como a sexta economia do mundo. Contudo somos,
segundo o ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
o segundo pior país em distribuição de renda de mundo.
Mas o que é
distribuição de renda? Segundo o economista clássico David Ricardo a “distribuição
funcional de renda é a distribuição do produto nacional entre proprietários de
terra, donos do capital e trabalhadores”. Ou seja, em termos mais contemporâneos
é a forma como a riqueza de um país é distribuída entre os seus habitantes.
Enfim, até o
momento vimos quanto dinheiro há no mundo e no Brasil, vimos também o que é
distribuição de renda e que o nosso país é um dos piores nesse requisito. Então
em meio a isso surge uma questão:
Se existe tanto
dinheiro no Brasil e no mundo, se a maioria da população brasileira é composta
por gente trabalhadora e batalhadora, se durante toda a história do Brasil as
elites sempre disseram que era necessário primeiro crescer o bolo para depois reparti-lo
e hoje somos o sexto maior bolo do planeta, porque a distribuição da riqueza em
nosso país é tão débil e ineficaz?
Simples e a
resposta vem através do grande economista brasileiro Celso Furtado. Segundo ele
as elites latino-americanas em geral querem consumir como as elites dos países
desenvolvidos. Entretanto, os países desenvolvidos possuem uma renda per capita de 4 a 5 vezes maior que nossa.
Por isso a única maneira de nossa elite poder consumir como elite de centro é
através da concentração de renda.
Em outras
palavras, o dinheiro existe, mas esta travado em alguma conta na Suíça para que
a família de algum magnata possa passar as férias no Wall Disney World.
Posso até mesmo
arriscar, que o que move a econômica nacional é o pobre, sendo portanto sua
existência, um “mal” necessário para a perpetuação desta elite ostentativa
brasileira. Pois, ao contrário do trabalhador que após muita luta compra um
carro nacional e toma Cidra Cereser no final do ano, a nossa ilustra elite apenas
consome carros importados e Champagne francês Armand de Brignac Brut Rosé, cuja
garafa custa em torno de R$ 2600,00.
É interessante observar
que até mesmo na época da Colônia, a elite se portava da mesma forma. Com base
nisso, podemos até mesmo supor que a independência veio, mas a mentalidade de colonizado ainda persiste.
Referências:
Quanto dinheiro existe no mundo. http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI122321-17775,00-QUANTO+DINHEIRO+EXISTE+NO+MUNDO.html
. Acesso em 30/11/2013
50 maiores economias do mundo. http://www.terra.com.br/economia/infograficos/pib-mundial/
. Acesso em 30/11/2013
Brasil tem segunda pior distribuição de renda em
ranking da OCDE. http://oglobo.globo.com/economia/brasil-tem-segunda-pior-distribuicao-de-renda-em-ranking-da-ocde-7887116
. Acesso em 30/11/2013. Acesso em 30/11/2013
Distribuição de Renda e Crescimento. http://www.infoescola.com/sociologia/distribuicao-de-renda-e-crescimento/. Acesso em 30/11/2013
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