terça-feira, 22 de julho de 2014

A Santa Segunda-Feira e o direito à ressaca.

Pelo direito de curtir minha ressaca longe de um patrão!
Você é daqueles que acham que apenas dois dias são poucos para curtir um fim de semana? Você fica triste ao ouvir a vinheta do Fantástico? No domingo conta as latas de cerveja que pode tomar para trabalhar bem no dia seguinte. Na segunda-feira a tremedeira, dor de cabeça e boca seca são suas principais companheiras de trabalho? Pois então saiba que até o início do século XX existiam em alguns países a chamada  santa segunda-feira, que dava ao trabalhador a possibilidade de se recuperar da tão temida ressaca.
Transcrevo a vocês então, um pequeno e interessante trecho que encontrei no livro didático Sociologia para o Ensino Médio sobre a tal santa segunda-feira. Espero que gostem assim como eu gostei.
Boa Leitura!!
A Santa Segunda-Feira.
Em seu livro Costumes em comum, o historiador britânico Edward P. Thompson comenta um costume arraigado em vários países da Europa desde o século XVI até o início do século XX: o de não trabalhar na chamada santa segunda-feira. Essa tradição, diz ele, parece ter sido encontrada nos lugares onde existiam industrias de pequena escala, em minas e nas manufaturas ou mesmo na indústria pesada. Não se trabalhava nesse dia por várias razões, mas principalmente porque nos outros dias da semana a jornada era de 12 a 18 horas diárias. Assim, os trabalhadores procuravam compensar o excesso de horas trabalhadas. Havia ainda a dificuldade de desenvolver o trabalho na segunda-feira por causa do abuso de bebidas alcoólicas, comum nos fins de semana. Nas siderúrgicas, estabeleceu-se que as segundas-feiras seriam utilizadas para consertos de máquinas, mas o que prevalecia era o não trabalho, que às vezes se estendia até às terças-feiras.
Foram necessários alguns séculos para disciplinar e preparar os trabalhadores para o trabalho diário e regular.
Fonte:

TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2ed. São Paulo. Saraiva, 2010.

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