segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Leibniz o otimista

Leibniz. Seu otimismo foi satirizado por diversos filósofos iluministas, entre eles Voltaire.
William Cirilo Teixeira Rodrigues
Gottfired Leibniz (1646-1716) foi um desse gênios multitarefa que eram comuns no passado, quando não havia carreiras muito específicas nas universidades. Deixou contribuições definitivas para a matemática, a física, a filosofia e até mesmo a tecnologia – como inventor, ele criou a primeira calculadora mecânica capaz de fazer multiplicações e divisões, um modelo que continuaria a ser usado até os anos 1970, quando surgiram as calculadoras eletrônicas.(...)
Leibniz nasceu em Leipzig, na Alemanha (então Sacro Império Romano-Germânico), e perdeu o pai aos 6 anos de idade. Mas o pai, professor de filosofia, deixou a ele uma grande biblioteca em latim, a língua que ele usaria na maioria na maioria de seus escritos e já dominava aos 12 anos. Entrando numa faculdade de filosofia aos 14, formou-se aos 17 anos. Aos 20, mudou-se para Nuremberg, onde se tornou secretário da sociedade local de alquimia – assunto do qual não entendia nada, mas acabou introduzindo-o aos nobres da cidade. Sob a proteção do barão Johann Von Boneiburg, acabou se tornando diplomata.
Em 1672, foi enviado a Paris para tentar resolver uma questão de guerra. Leibniz havia proposto permitir que os franceses invadissem o Egito, desde que deixassem os alemães em paz. A proposta foi rejeitada, mas outra amizade mudou de novo os rumos de sua carreira: o astrônomo e matemático holandês Christian Huygens (1629-1695), descobridor dos anéis de Saturno, também vivia em Paris, e tornou-se seu amigo.
Até então, aos 24 anos, Leibniz não sabia quase nada de matemática, e descobriu o quão pouco sabia ao conversar com Huygens. Pedindo sua ajuda, recebeu vários livros e começou a se instruir. Isso é bastante inspirador para quem tem problemas com matemática, porque Leibniz se tornou um dos dois inventores do cálculo infinitesimal, o estudo de curvas em função, que ele começou a desenvolver em 1674, dois anos após aprender matemática. O outro criador, ninguém menos que o britânico Isaac Newton (1643-1727), passou a chamá-lo de plagiário, ainda que Leibniz não soubesse que ele também estava estudando o tema.
Leibniz voltou para a Alemanha em 1675 e prosseguiu em sua carreira de gênio múltiplo, diplomata, conselheiro dos nobres e celebridade intelectual. Nunca se casou e quando morreu, estava meio brigado com os figurões da realeza alemã. Nenhum nobre foi ao seu velório – o que não o impediu de ser reconhecido como um dos maiores gênios do país anos seguintes.
Outra coisa interessante sobre Leibniz era o seu otimismo. Como cristão, estabeleceu que “vivemos no melhor dos mundos”, porque Deus sendo bom e onipresente, não poderia escolher de outra forma. Sua filosofia de vida era: qualquer coisa que aconteça, qualquer tragédia no mundo, acontece sempre para melhor, ainda que não saibamos a causa. Essa noção seria satirizada por filósofos do iluminismo do século 18. A sátira mais conhecida foi feita por Voltaire no livro Candido ou o otimismo, Voltaire como duro critico da religião ficou particularmente incomodado com o otimismo de Leibniz.

Matéria retirada da revista curso preparatório Enem 2011

2 comentários:

  1. uhuuuu primeira a postar

    postado por:naomynha

    ResponderExcluir
  2. Gostei desse site, tava mesmo precisando de um site desses para um trabalho de filosofia sobre um dos genios,esse professores mandam cada trabalho complicado...POSTADO POR:NAOMYNHA

    ResponderExcluir