sábado, 31 de agosto de 2013

Sobre Péricles, UNILA e Roberto Justus

Afff outra vez tenho que escrever sobre isso....

Ódio, preconceito, intolerância, ignorância e prepotência. Esta poderia ser uma matéria de capa da decadente revista Veja, um capítulo do Mein Kampf ou um panfleto macarthistas delirante da época da Guerra Fria. Mas não! É o jornal Primeira Linha de Foz do Iguaçu e sua coluna intitulada EmpresariaALL (que chique hein), cujo responsável é o senhor Péricles Vieira. Quem diria que o grande estadista, orador e democrata grego Péricles, emprestaria seu nome a uma pessoa desta natureza. Péricles (o verdadeiro) neste momento, chora no reino de Hades.
Da mesma forma que não se perde tempo rebatendo as colunas de grandes Antas do jornalismo brasileiro como Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo ou Diogo Mainardi, eu não deveria perder o meu tempo pra rebater essa filhote de anta. Mas como hoje é sábado e eu já cumpri meu dever com a mãe-pátria de produzir riqueza para meu país essa semana (meu Deus quem pensa assim) eu vou me dar a esse luxo. E capivara que é capivara não tem medo de anta.
A coluna intitulada UNILA: O perigo mora ao lado, é um conjunto de falácias tão mal articuladas que eu não consegui processar mentalmente o objetivo dela. Caetano Veloso, em um famoso vídeo que circula pela internet, certamente diria “Não...você é burro cara, que loucura. Como você é burro. Que coisa absurda. Isso ai que você disse é tudo burrice, burrice. Eu não consigo gravar muito bem isso ai que você falou, porque você fala de uma maneira burra”. Mas burrices e loucuras a parte vamos ao texto em si.
Primeiro ele entende o projeto UNILA, como uma espécie de escola de formar guerrilheiros, que surgiu da megalomania do ex-presidente Lula. Sério que eu preciso responder a essa acusação? O cara é uma piada por si só. Mas se eu fosse ele, já que sua imaginação fluiu nesta afirmação, eu colocaria magia negra, tráfico de órgãos e illuminatis no texto, pois, isso sempre vende. Vamos para próxima loucura.
Péricles (o falso), afirma que nós brasileiros (lê-se Iguaçuenses, apenas) estamos bancando uma legião de párias estrangeiros que deixaram de produzir em seu país natal, para se tornarem petistas aqui no Brasil. Sério, quem deu uma coluna a esta besta? Só escreve um absurdo deste, a pessoa que tem total desconhecimento sobre o objetivo filosófico da instituição, sua atuação e posteriormente sua ação de liderança econômica e política no continente, apoiada por alunos aqui formados. Esse amigo se esquece que o projeto UNILA é de estratégia nacional e Foz do Iguaçu é apenas o local físico, onde esta estratégia ergueu suas colunas.
Por fim, ele chora o fato de que os cursos não atendem as necessidades locais, em parte eu concordo com isso. Contudo desmerecer os cursos já existentes é uma verdeira falta de caráter. E o que ele quer mesmo com essa coluna, não são os cursos que atendam as demandas locais, mas pregar a xenofobia, o preconceito e o ódio. Caso contrário sua matéria teria outro nome.
O que eu realmente entendi deste texto,  é que o nosso novo amiguinho Péricles (o falso), quer que a UNILA tenha cursos de administração pra futuramente fazer sua pós-graduação, paga com o dinheiro do povo brasileiro (pode isso arnaldo?). Para quem sabe, realizar seu sonho de entrar no programa O Aprendiz  com Roberto Justus e concorrer ao tão sonhado emprego de 1 milhão de reais, para nunca mais precisar escrever burrice em uma coluninha escondida de um jornal minúsculo do Oeste do Paraná. Estou torcendo por você ;)
Leia a matéria AQUI.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Como ganhar uma discussão

Conduza o raciocínio antes de dar opinião, não confronte o oponente de maneira direta e nem pense em devolver acusações: descubra dez passos para argumentar bem
A maioria das pessoas acredita que argumentar é “vencer” o outro, colocando por terra suas ideias e opiniões. Mas este é um grande engano.
Segundo o professor de linguística Antônio Suárez Abreu, autor do livro “A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção” (Ateliê Editorial, 2008), saber argumentar é, em primeiro lugar, aprender a integrar-se ao universo do outro. “É preciso fazer com que o outro tenha condições de ver o objeto da disputa de um ponto de vista diferente daquele a que está acostumado e, ao final, tenha o desejo mudá-lo, concordando com quem argumenta”, explica.
Portanto, em uma discussão, está terminantemente proibido querer impor o seu ponto de vista a qualquer custo. Aquele que logo de cara diz “eu não concordo com você” provavelmente não vai conseguir convencer ninguém. Sendo assim, mostrar consideração pelo que o outro pensa ou sente é o melhor caminho. “Quando nosso interlocutor acredita que pensamos de maneira igual, fica mais fácil ele concordar com as teses que estamos defendendo”, afirma Ana Lúcia Tinoco Cabral, pesquisadora da área de linguística e autora do livro “A Força das Palavras – Dizer e Argumentar” (Editora Contexto, 2010).
Veja dez pontos para argumentar melhor em qualquer discussão ou negociação.
1. Não bata de frente
Em primeiro lugar, é importante aprender a ouvir, para detectar o que o outro pensa sobre um determinado assunto. “Ninguém consegue convencer o outro batendo de frente com seus valores ou modelos mentais. É sempre importante, antes de propor um argumento, conseguir abrir uma brecha nesses modelos”, ensina o professor Antônio Suárez Abreu.
2. Foque no que o outro tem a ganhar
Depois que você ouviu atentamente a exposição do outro, coloque o foco da sua fala no que o interlocutor tem a ganhar, e não naquilo que é objeto imediato do seu desejo. Foi assim que o analista de logística Rafael Dalecio Luiz conseguiu uma vaga em uma multinacional automobilística para a qual prestava serviço. “Eu era de uma empresa terceirizada e tinha sido transferido de São Paulo para Curitiba há um ano. Quando vi que havia vagas no cliente, percebi que era uma chance de voltar. Então, resolvi me oferecer ao cargo”, diz.
Mas quando procurou o responsável pelo processo seletivo, Rafael embasou os argumentos naquilo que a companhia teria a ganhar com a sua contratação, em vez de simplesmente dizer que gostaria de retornar à cidade natal. “Mostrei que a empresa economizaria, pois não precisaria arcar com custos de transferência, e também apresentei os resultados da minha performance na área com números, que deixam a informação mais crível”, conta ele, que conseguiu a vaga.
3. Use os argumentos certos
Para “vencer” uma discussão, também é preciso escolher os argumentos de maneira apropriada e conduzi-los de forma lógica. De acordo com o professor de oratória Reinaldo Polito, o mais adequado é embasar sua fala em exemplos, comparações, estatísticas, pesquisas, estudos técnicos e científicos, teses e testemunhos. Desta forma, é essencial manter-se sempre bem informado sobre o que acontece à sua volta. Quando necessário, vasculhe dados que possam ser úteis para um argumento consistente.
4. Foque nas ideias principais
Um erro bastante comum no processo de “convencer” o outro é usar muitos argumentos ao mesmo tempo. Isso pode confundir a pessoa e enfraquecer o poder de persuasão. Por isso, o melhor é eleger as ideias mais consistentes e focar apenas nelas. No entanto, evite ficar repetindo o mesmo discurso a todo momento, para que a alegação não perca a força.
5. Não apresente sua opinião de cara
Uma técnica que costuma funcionar bem é não apresentar a sua opinião logo de cara. O bom orador, aquele que argumenta de forma eficaz, conduz o raciocínio para depois apresentar a tese. Daí, se o outro concordou com o pensamento todo fica mais fácil, e até inevitável, aceitar a ideia.
Nestes casos, uma boa dica é usar argumentos dedutivos, ou seja, aqueles que partem do geral para o particular. Por exemplo: Todos os habitantes da ilha são alfabetizados (informação de conhecimento geral). Alberto é um habitante da ilha. Logo, Alberto é alfabetizado (dado de caráter particular).
6. Mude a importância dos valores
No livro “A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção”, Antônio Suárez Abreu mostra a re-hierquização de valores como um bom método para argumentar. “Você não destrói um valor do outro, apenas põe um outro acima, em termos de hierarquia”, diz. Na verdade, é uma espécie de drible. Um exemplo disso é o que fez Monteiro Lobato em seus livros infantis. Em sua época, por volta de 1920, o “modelo do pai rigoroso” imperava. Em vez de combatê-lo, o autor colocou as crianças em férias no Sítio do Picapau Amarelo, um lugar em que o pai foi substituído por uma avó carinhosa, Dona Benta, que podia ensinar sem punir.
7. Fuja da retorsão
Nao abuse da chamada retorsão, o ato de mostrar que o interlocutor pratica ações contrárias às que defende. É o caso de alguém que, confrontado por chegar atrasado, diz algo como: “Mas, você, no mês passado, também chegou atrasado três vezes”. Este argumento é o mais usado nas chamadas DRs, as temidas “discussões de relacionamento” . E é por isso que um casal raramente chega a um consenso.
8. Transmita credibilidade
De acordo com o professor de oratória Reinaldo Polito, o melhor de todos os argumentos é a credibilidade do orador. Assim, a alegação só terá o efeito desejado se existir coerência entre o discurso e a atitude de quem fala. “Por melhores que sejam as palavras, se não encontrarem respaldo no comportamento do orador, não terão crédito e não serão suficientes para convencer”, diz.
9. Fale com domínio e entusiasmo
Outro ponto importante para passar credibilidade no argumento é ser natural, espontâneo e, principalmente, demonstrar conhecimento sobre o assunto que se expõe. Também é essencial transmitir emoção. “A força da argumentação também depende da maneira como ela é exposta. Se a pessoa falar sem motivação, sem energia, sua causa poderá parecer inconsistente”, analisa o professor Reinaldo Polito.
10. Trate o outro com educação e gentileza
Seja qual for o debate, é importante sempre tratar o outro com educação e gentileza. Sem isso, nada funciona. “Por favor”, “entendo seu ponto de vista” e “obrigado por expor tão claramente aquilo que pensa” são maneiras de se mostrar comprometido com a imagem do outro.

Fonte: Delas IG
*Reprodução integral

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Veja 10 passos para estudar para concursos públicos

Lia Salgado dá dicas de como organizar o tempo e a revisão do conteúdo.
Antes um comunicado importante: Geralmente eu não posto matérias assim ctrl C + ctrl V de outros sites, ainda mais por este não ser o real objetivo do meu blog (que é a divulgação de minhas anotações, escritos fichamentos e resenhas, entre outros). Entretanto, estou em meio a estudos para um concurso público e achei interessante postá-lo aqui para meus leitores. Espero que gostem.
Por: Lia Salgado.
A grande maioria dos concurseiros quer saber: como estudar de forma eficiente tantos conteúdos diferentes e, muitas vezes, desconhecidos? A partir de perguntas enviadas por internautas, selecionamos as principais dificuldades e preparamos um passo a passo para você estudar para um concurso público. As orientações abaixo levam em conta o estudo antecipado das disciplicinas. Caso o candidato esteja estudando para um edital já publicado, será necessário adequar as sugestões ao tempo disponível até a prova.
Esta coluna foi elaborada a partir de perguntas enviadas pelos internautas Leandro Silva, Luis Abreu e Karyne Papadimitriou. Mande suas dúvidas sobre concursos no espaço para comentários, ao final desta coluna.
1º PASSO: Como preparar um plano de estudo
Ter clareza de quais são os horários de estudo – e quais não são – permite uma redução do nível de cobrança sofrido pelo candidato. Isso pode ser feito a partir da elaboração de um quadro mensal com as atividades obrigatórias que a pessoa tem a cada dia (trabalho, aulas e outros afazeres). Importante anotar ali feriados e compromissos eventuais já assumidos, para que fique evidente qual é o tempo disponível para o estudo.
A partir daí, considerando o tempo que será dedicado ao estudo, o candidato poderá distribuir as disciplinas, buscando colocar todas a cada semana ou, no máximo, a cada quinzena - para que nenhuma fique muito tempo sem ser vista -, lembrando de deixar intervalos a cada hora e meia ou duas horas de estudo.
Mas o quadro de estudo é um norteador, um ideal a se buscar. Não há motivo para desânimo caso algo saia do controle – isso é natural, afinal, a vida é dinâmica. De toda forma, o objetivo é sempre tentar cumprir da melhor forma possível a meta estabelecida.
2º PASSO: Quando aumentar (ou reduzir) o tempo de estudo
Um dos benefícios do quadro de horários é o candidato saber que o tempo de estudo tem hora de acabar, ou seja, é uma meta finita. Isso facilita o comprometimento.
Mas há situações em que o candidato está motivado e percebe que teria condições de estudar por mais tempo do que o estabelecido. Se isso acontecer regularmente, talvez seja o momento de aumentar um pouco o período de estudo no quadro de horários (desde que não comprometa horário de sono ou outros compromissos).
O inverso também pode acontecer: o candidato estabeleceu determinada duração para o estudo, mas observa que não consegue render ao final do período. Se isso acontecer regularmente, talvez seja melhor alterar o quadro de horários, reduzindo o tempo de estudo até ter reais condições de aumentá-lo novamente. Isso evitará a sensação de frustração por não cumprir a meta, que pode ter resultados desastrosos no longo prazo.
3º PASSO: Como vencer preguiça, cansaço, inércia e começar a estudar
O desejo de conquistar uma vida melhor já deveria ser o suficiente, mas sabemos que as coisas nem sempre funcionam assim. Além disso, muitas vezes o concurseiro trabalha o dia todo e precisa reunir forças para iniciar um segundo turno de atividade (estudar).
Ter uma meta estabelecida para o dia ajuda bastante - como um atleta que já sabe qual será o treino do dia. Para isso, a planilha de treinos é essencial e, no caso, dos concursos públicos, estamos falando do quadro de estudos com horários e matérias, que comentamos no “1º Passo”. É mais simples cumprir algo já definido do que decidir na hora, quando outros fatores podem interferir desfavoravelmente.
Assim, é preciso dar cada pequeno passo, um de cada vez, e evitar as distrações do caminho: acordar na hora combinada e fazer apenas o que for preciso para iniciar os estudos (alimentação, banho, troca de roupa). Para quem ainda não criou o ritmo, ligar computador ou TV antes do estudo é um risco enorme - o que o candidato imaginava serem apenas alguns minutos de pesquisa ou relaxamento tende a se prolongar indefinidamente e um período inteiro de estudo poderá ser perdido. O mesmo acontece para quem estuda à noite, após o trabalho.
Mas a preparação para concurso é similar à preparação de um atleta. O ritmo é construído com o tempo e com a continuidade. Ainda assim, há períodos em que o candidato está mais comprometido e outros em que fatores diversos interferem no cumprimento do plano. O importante é seguir sempre, em maior ou menor ritmo.
4º PASSO: Como manter o interesse durante os estudos
Quase todo candidato tem aquelas matérias preferidas – as que ele mais sabe - e as “odiadas” – aquelas que considera mais difíceis. O curioso é que, mesmo sabendo que a prova cobrará todas elas, o candidato termina estudando mais as que mais sabe e deixando para trás as outras. O plano de estudo ajuda a corrigir essa tendência e até a invertê-la: o ideal é dedicar mais tempo ao que menos se sabe.
Outro fator é que o cérebro obedece aos comandos recebidos, sem questionar. Então, é mais produtivo olhar para todas as matérias como passaportes para a vaga, sem carimbá-las com a marca da rejeição, que será captada pelo cérebro e só tornará tudo mais difícil.
O estudo dinâmico ajuda a superar as distrações e, para isso, a resolução de exercícios – com consulta – logo após a leitura da teoria faz com que o candidato compreenda melhor os conteúdos, perceba detalhes e inicie a fixação, tudo de forma natural.
5º PASSO: Como não esquecer o que já foi estudado
Quando o candidato chega ao fim de uma matéria – lembrando que sugerimos o estudo de todas as disciplinas do grupo, de forma paralela – deve voltar ao início sucessivas vezes, até a aprovação. Essa repetição levará à memorização definitiva dos conteúdos.
Mas, a cada retorno o procedimento deve ser modificado, a fim de manter o interesse e aprofundar o conhecimento. Assim, se na primeira vez o candidato apenas leu a teoria e fez exercícios didáticos de cada ponto, na segunda vez poderá repetir o procedimento anterior (teoria + exercícios) acrescentando a elaboração de fichas-resumo.
Essa é a etapa mais trabalhosa do estudo, mas é essencial, porque além de permitir a organização das informações já conhecidas, produz material valioso para revisões futuras.
6º PASSO: Como preparar o material para revisões
Depois que o candidato já tem alguma noção do conteúdo da disciplina, é possível sublinhar as informações mais importantes e, a partir daí, preparar fichas-resumo. A idéia é criar quadros, esquemas e itens que permitam ao candidato lembrar com facilidade a teoria estudada. Exceções e casos especiais devem ser ressaltados, bem como detalhes importantes, que ajudem na solução das questões de prova.
Todas as fichas devem ter o título da matéria e ser numeradas. Cada ficha deve ter o subtítulo do assunto. As informações devem ser colocadas de forma organizada, privilegiando o aspecto visual. O uso de cores diferentes é interessante, para ressaltar informações similares, mas é importante não poluir demais. Por exemplo: conteúdo básico em azul, exceções em vermelho, detalhes complementares a lápis. É prudente deixar espaço para inclusões futuras de novas informações, como veremos no “7º Passo”.
Vale lembrar que a proposta da ficha-resumo é bem diferente dos tradicionais resumos. Não se utilizam textos corridos, pontuações nem palavras que não sejam essenciais ao entendimento. A função da ficha é ajudar o candidato a lembrar informações que ele já conhece e, para isso, bastam palavras-chave.
7º PASSO: Como saber se é preciso aprofundar mais nos estudos
Muitas vezes o candidato acha que sabe bem toda a teoria, mas sofre uma decepção quando vai fazer a prova do seu concurso. Isso porque não verificou o nível de profundidade exigido e não se preparou adequadamente.
A melhor forma de aferir se a abrangência e profundidade do estudo está suficiente é conhecer provas de concursos já realizados, para o mesmo nível de escolaridade e, se possível, para a mesma área de concurso.
De nada adianta utilizar provas muito antigas, porque é notória a diferença entre concursos muito antigos e os atuais em relação ao nível de complexidade das questões. Assim, o melhor é trabalhar questões de concursos realizados há até dios anos ou, no máximo, três.
Importante também estar atento a gabaritos que possam estar desatualizados, em razão de alterações nas disciplinas. Informática e legislação, por exemplo, sofrem constantes modificações, e há outras matérias que passaram por modificações pontuais, como auditoria e contabilidade.
O candidato já pode iniciar a resolução de algumas provas anteriores na segunda etapa de estudo, mas a prioridade naquele momento é a preparação das fichas.
8º PASSO: O que fazer para não esquecer o conteúdo que já você estudou
A partir do momento em que uma disciplina estiver totalmente fichada, vai passar para a fase de manutenção - que continua até a aprovação -, para que o conhecimento adquirido não seja perdido.
Independentemente de como estejam outras matérias, no período de estudo da matéria já fichada o candidato deve, uma vez por mês, revisar todas as fichas. A partir daí, em todos os períodos seguintes destinados àquela disciplina, vai resolver provas anteriores e, desta vez, sem consulta. Após a conferência do gabarito, retornará às fichas para reler o assunto de cada questão. Caso as informações da ficha estejam incompletas, será necessário buscar mais uma vez a teoria no material de apoio (livros e anotações de aula) e incluir na ficha. Assim se garante que tudo o que já foi visto sobre aquela disciplina estará anotado e organizado num mesmo lugar.
Além disso, todo o conteúdo da matéria passa por revisões mensais completas e revisões pontuais a partir das provas. Dessa forma, os assuntos que costumam ser mais cobrados serão, naturalmente, mais revisados.
9º PASSO: Como incluir novas matérias no plano de estudos
Sabemos que a preparação para concursos públicos envolve um número razoável de matérias. Iniciar o estudo pelo grupo de disciplinas básicas permite que o candidato dedique mais tempo a poucas matérias e aumente rapidamente o seu conhecimento em relação àquele grupo.
Posteriormente, poderá reduzir um pouco o tempo dedicado ao grupo inicial a fim de liberar horas de estudo para, gradativamente, incluir outras disciplinas, sem abandonar as primeiras. Esse procedimento é sucessivo, de modo que o candidato vai passando algumas disciplinas para a fase de manutenção e acrescentando novas, até ter condições de estudar todo o conjunto necessário, que pode chegar a até 20 matérias, simultaneamente.
10º PASSO: Observe os pontos fracos e corrija a estratégia
Qualquer projeto de médio/longo prazo exige ajustes de estratégia durante o percurso e não seria diferente na preparação para concurso público. Tal providência deve ser adotada durante todo o tempo. A cada mês o candidato deve traçar novas metas, e preparar novo quadro de horários, com base na observação de seu desempenho no mês anterior.

Nesse aspecto, reprovações – tão comuns no caminho dos concurseiros – não devem ser vistas como fracassos, mas também devem funcionar como uma oportunidade para o candidato rever suas estratégias e ajustar a preparação. Afinal, depois de conquistada a vaga, ninguém mais se lembrará de quantas batalhas foram travadas; apenas da vitória final!

Fonte: G1

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

20 Dicas para Escrever Bem.

Recebi esta mensagem em minha linha do tempo estes dias e achei simplesmente genial. Espero que gostem.

1. Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!

2. Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou mensag. que vc. escrev.

3. Remember: Estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice! Ok?

4. Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!

5. Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!

6. Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.

7. Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!

8. Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.

9. Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!

10. Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.

11. A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!

12. Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!

13. Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”

14. Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!

15. Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.

16. A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.

17. Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.

18. Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!


19. Por fim, Lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Avaliação nos Ciclos de Formação¹

Eae colegas professores, vocês são a favor ou contra os ciclos escolares? Eu tenho minha opinião e a de vocês?
                                                                                     Celso dos S. Vasconcellos[2]

A organização da escola em Ciclos de Formação é uma das mais avançadas formas de currículo, na medida em que a própria estrutura da instituição volta-se para as necessidades educativas dos alunos (e não ao contrário, como fazia a escola seriada), respeitando sobretudo a questão básica dos tempos diversos para a aprendizagem e desenvolvimento, pela superação das interrupções artificiais.

O que muda substancialmente na avaliação por se tratar de Ciclo?

A rigor, a concepção de avaliação formativa (diagnóstica, emancipatória, dialética, libertadora, dialógica) permanece: o Ciclo radicaliza e coroa esta concepção (na medida em que a livra da necessidade de ter de classificar e reprovar).
Em termos de avaliação, o fator primordial interveniente na organização da escola em Ciclos de Formação é justamente o fim da avaliação classificatória em termos de legislação. Esta novidade é que constitui um avanço institucional. Mas é também um campo de possíveis equívocos e discórdias, em decorrência de distorções historicamente acumuladas. 

Posicionamento do Professor

Precisamos ter muita clareza: educação não se garante com tijolos, livros, leis. O fator essencial da educação é o humano e, em especial, no caso da educação escolar, o professor, por ser o coordenador deste processo em sala de aula. Portanto, não podemos ter a ilusão de que uma “revolução” irá acontecer porque houve uma alteração na legislação educacional (no caso, o fim da reprovação). O sucesso ou fracasso de qualquer política educativa dependerá sempre do professor, do seu grau de consciência, do seu compromisso, do seu envolvimento.
Neste sentido, o fim da reprovação pode significar um avanço ou um retrocesso, de acordo com a posição que o professor assume diante dele:
lAvanço: quando o professor entende que com isto se acaba com um dos condicionantes da distorção da prática pedagógica que é a avaliação classificatória;
lRetrocesso: se o professor se coloca numa postura reativa, ressentida (“O nível do ensino vai cair”; “Agora perdemos nosso poder”; “Os alunos não vão mais se interessar por saberem que estão aprovados, etc.). Este efeito, a nosso ver, é muito mais grave que o possível avanço apontado acima, pois significará que o professor estará fazendo algo que não acredita, contaminando toda a prática educativa.
Por isto, o posicionamento do professor é da maior importância. Um dos pontos de partida para a proposição do Ciclo é justamente a constatação da não-aprendizagem efetiva e significativa por parte da totalidade dos alunos que freqüentam a escola, sendo que a avaliação classificatória, entre outras coisas, contribui para isto. Propõe-se, então, o fim da classificação como uma forma de favorecer a aprendizagem de todos. Ora, se passa a haver uma atitude de demissão por parte dos professores, volta-se ao ponto de partida (não-aprendizagem). Na questão dos Ciclos hoje, o que está em questão é tanto a mudança de procedimento pedagógico quanto de atitude do professor; há necessidade destas duas dimensões caminharem juntas.
Por outro lado, o compromisso do professor não se dá no vazio. Não podemos cair no viés idealista, voluntarista. Objetivamente, a prática do professor, bem como seu nível de consciência possível, dependerá, em alguma medida, de tijolos, livros, leis, salário, grau de participação nas decisões, tempo livre para estudo e reflexão, etc. Devemos manter a tensão dialética entre os limites colocados pela realidade e nossa capacidade de tomada de consciência e de posição para enfrentá-los.
Há um desejo profundo, por parte de muitos, de uma mudança da realidade. Sabemos também que transformar é complexo e muito exigente. No entanto, cabe questionar: será que fazendo as mesmas coisas teremos um mundo diferente? Provar que “um outro mundo é possível” exige práticas concretas, inclusive na avaliação.

Superação ou Restauração?

Para os grupos que já têm uma caminhada —como é o caso da rede municipal de ensino do município de São Paulo— o desafio é fazer uma crítica “para frente”, no sentido de superar eventuais limites e contradições, e não ceder à tentação de recuar, restaurar o que há séculos se fazia na escola. Não temos dúvidas de que, num primeiro momento, a prática tradicional de avaliação é muito mais fácil (os pais não questionam, basta aplicar algumas provinhas e emitir um conceito, está de acordo com o sistema seletivo social, etc.). Todavia, esta “saudade das cebolas do Egito” tem um custo muito elevado: a contribuição para a manutenção da ordem dominante desumana e excludente. Até mesmo do ponto de vista pedagógico, da “sobrevivência” do professor em sala, a avaliação classificatória, em função das profundas mudanças que ocorreram na relação escola-sociedade (em especial a queda progressiva do mito da ascensão social através do diploma), já não dá resultado. Uma evidência disto é a realidade de escolas (públicas ou particulares) que mantém o sistema tradicional de avaliação e nem por isto conseguem resolver os problemas de motivação e disciplina de seus alunos.

O Sentido Radical da Avaliação

O que está em questão? No fundo, o resgate do papel essencial da escola: espaço de produção de aprendizagem e de desenvolvimento humano de todos, e não de seleção social (ainda que de forma involuntária).
A simples existência da avaliação classificatória acaba por desviar a atenção do professor (e, por conseqüência, dos alunos, pais e comunidade): passa a ficar preocupado em definir “o quanto o aluno merece” e não mais em “o que é preciso para que o aluno aprenda mais e melhor”. Vejam que isto é uma questão estrutural, que, inicialmente, não depende da vontade individual do professor: quando entra na escola seriada, já existe esta lógica implantada e é cobrado em cima disto.
A tarefa básica é simples (pelo menos do ponto de vista de sua formulação): não interromper o movimento inerente á avaliação no seu autêntico sentido, ou seja, não parar na verificação! Aplicar um instrumento, corrigir e atribuir um conceito ainda não é avaliação! Constatar a dificuldade do aluno é muito importante, mas não para poder lhe atribuir “uma nota justa”, e sim para saber exatamente onde está o problema e intervir a fim de resgatar a aprendizagem que ainda não se deu a contento. Verificar, portanto, faz parte da avaliação, todavia não a esgota; no seu sentido radical, a avaliação implica um posicionamento diante daquilo que foi constatado. Esta interrupção na prática cotidiana é fatal para distorcer a avaliação. Sabemos que existe uma série de fatores que contribuem para isto (elevado número de alunos em sala, pressão para cumprir programas, falta de domínio de estratégias diferentes de ensino, etc.); porém é absolutamente decisivo que seja completado o ciclo da avaliação para que ela cumpra sua função maior de produção de conhecimentos, procedimentos e atitudes, conforme o Projeto Político-Pedagógico da instituição.
Os procedimentos pertinentes a uma avaliação diagnóstica, nos parece, já são bem conhecidos: adequar o nível de exigência; ser professor dos alunos concretos que tem e não virar professor de “determinados conteúdos preestabelecidos”; desenvolver metodologia de trabalho interativa em sala de aula; incentivar que o aluno “diga com as suas palavras” aquilo que está aprendendo; abordar conteúdo de forma diferente; buscar expressão diversificada do conhecimento; fazer retomada dos assuntos (currículo em espiral ascendente); dialogar sobre as dificuldades (postura de investigação, pesquisa); ajudar aluno a se localizar no processo de ensino-aprendizagem (metacognição); acompanhamento/atendimento durante atividades em sala; atividades diversificadas de acordo com as necessidades dos alunos; adequar o nível de dificuldade das atividades propostas em sala, levando o aluno ao sucesso na sua realização e, conseqüentemente, fortalecendo sua auto-estima; trabalhos de grupo em sala; trabalho de monitoria (em sala  ou fora); assembléias de classe periódicas para análise da caminhada; espaços diferenciados (biblioteca de classe, cantinho da leitura, cantinho dos jogos, estante do verde, caixa de experiências, etc.); revisão da proposta de trabalho (conteúdos, metodologia, relação professor-aluno); entendimento da avaliação como espaço de aprendizagem; avaliação diferenciada, de acordo com as necessidades dos alunos (inclusive alunos portadores de deficiência); desenvolver a responsabilidade coletiva pela aprendizagem de todos em sala; favorecer o crescimento da autonomia do aluno; conselhos de classe participativos; organização das turmas sem critérios discriminatórios; professor-orientador para aluno com dificuldade maior na aprendizagem ou no relacionamento; propiciar a formação permanente dos educadores; avaliar o avaliador (a instituição, a equipe, o professor); trabalho com representantes de classe; o mesmo professor acompanhar a turma no ano seguinte (além de conhecer melhor os alunos, evita comentários dos colegas do ano seguinte de que “os mandou sem base”); trabalho coletivo: discutir com colegas dificuldades que está encontrando com alunos em sala de aula; partilha de experiências, estudo; planejamento conjunto, “negociação” de conteúdos; uso de portfólio (pasta com todas as produções do aluno) como forma de melhor acompanhamento da aprendizagem; uso de parecer descritivo (ao invés de nota ou conceito) para poder se conhecer melhor o desenvolvimento dos alunos; propiciar horário comum de estudo em sala (ex.: na primeira aula do dia os alunos pesquisam os assuntos das próximas aulas); laboratório de aprendizagem para trabalhar as necessidades específicas de aprendizagem; abertura a estagiários de cursos de formação de professores para ajudar no trabalho com alunos com dificuldade; fortalecimento da autonomia do professor.
Todavia, como não há prática que se garanta por si (uma vez que se pode ter uma prática nova com postura velha), cabe trazer alguns indicadores de mudança, qual seja, alguns sinais que costumam se manifestar quanto de fato está havendo uma mudança da prática educativa: maior proximidade professor-aluno, diminuição das queixas em relação aos alunos (os problemas passam a ser tratados como desafios e não como álibi para não ensinar), mudança nas estratégias de sala de aula, replanejamento, aumento do registro por parte do professor (episódios de sala de aula, dúvidas, pontos a serem observados, descobertas, etc.), maior expressão dos alunos, mais liberdade em sala, menos medo de errar, ausência de tensão nos momentos mais específicos de avaliação, menor competição entre alunos, clima de maior verdade entre professor e alunos (diminuição dos comportamentos estereotipados ou dissimulados), reflexão sobre a prática por parte do professor, autolocalização do aluno no processo de aprendizagem, aumento da pesquisa por parte do professor (e dos alunos), maior cooperação entre colegas, maior tolerância com as diferenças, relação de maior proximidade com a comunidade, clima de projeto na escola. 

Concluindo

O que se espera, portanto, é que os educadores sejam sujeitos de transformação, abrindo novas possibilidades na forma de ser da escola. No fundo, o que está em questão é uma mudança de atitude, que, apesar dos riscos de sermos mal interpretados, pode ser expressa numa palavra: amor! Como dizia Renato Russo, na Música Monte Castelo: “Ainda que eu falasse a língua dos homens/E falasse a língua dos anjos,/Sem amor eu nada seria. É só o amor, é só o amor”.
Parafraseando, eu diria:
Ainda que utilizasse muitos instrumentos de avaliação, ainda que preparasse instrumentos reflexivos e operatórios, ainda que acabasse com a semana de prova, ainda que não usasse mais nota e nem tivesse mais reprovação, se não mudasse a postura, se não acreditasse que um outro mundo —onde todos tenham lugar— é possível, se não tivesse profundamente convencido de que todo ser humano é capaz de aprender, se não me comprometesse com a efetiva aprendizagem (e desenvolvimento) de todos, eu nada seria como educador!

 *Publicado originalmente em Revista Prove. São Paulo: Projeto de Valorização do Educador e Melhoria da Qualidade do Ensino, n. 1, nov. 2002. (aqui modificado) 
Referências Bibliográficas
BORGES, Isabel C. Nache. Currículo Democrático: resistências e possibilidades - desafios na implantação dos ciclos na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. São Paulo: Editora Articulação Universidade/Escola, 2000.
KRUG, Andréa. Ciclos de Formação: uma proposta transformadora. Porto Alegre: Mediação, 2001.
LIMA, Elvira Souza. Ciclos de Formação: uma reorganização do tempo escolar. São Paulo: GEDH, 2000.
PMSP/SME. Regimento em Ação – caderno 2. São Paulo: SME, maio de 1992.
PMSP/SME. Regimento em Ação – caderno 6. São Paulo: SME, outubro de 1992.
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação Dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998.
SOUSA, Sandra M. Zákia. A avaliação na organização do ensino em ciclos. In KRASILCHIK, Myrian (org.). USP fala sobre educação. São Paulo: FEUSP, 2000.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Superação da Lógica Classificatória e Excludente da Avaliação: do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem, 3a ed. São Paulo: Libertad, 2000.
__________Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança - por uma práxis transformadora, 3a ed. São Paulo: Libertad, 2000.
__________ Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar, 11ª ed. São Paulo: Libertad, 2000.
__________Ciclos de Formação: uma alternativa libertadora de organização escolar. In Revista de Educação. Alvorada (RS): Secretaria Municipal de Educação, 2000.
__________ Ciclos de Formação: um horizonte libertador para a escola no 3o milênio. In Revista de Educação da AEC (111). Brasília: AEC, 1999.





1. Reprodução Integral
2.Doutor em Didática pela USP, Mestre em História e Filosofia da Educação pela PUC/SP, pedagogo e filósofo;  responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica; ee: www.celsovasconcellos.com.br.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Bibliografia Específica para Concurso Público de Professores do Estado de São Paulo.(2013)

E o salário ó......
Mês passado foi anunciado a abertura do concurso público para o preenchimento de cerca de 59 mil vagas para o cargo de professor aqui no Estado de São Paulo. No último concurso que foi em 2009 (se não me engano) eu fui aprovado, mas não cheguei assumir o cargo, apesar de passar por todas as etapas. 
Contudo, prestarei de novo o concurso que esta por vir e darei uma forcinha a todos meus companheiros de profissão, postando resenhas e fichamentos provenientes de meus estudos para a prova.
Até mais.
1. BITENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.
2. BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005. (CLIQUE AQUI página 33-55) (CLIQUE AQUI página 325-350)
3. BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. (CAP.1 E 2 CLIQUE AQUI !)
4. BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. (CLIQUE AQUI!)
5. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo: EDUSP, 2008. (INTRODUÇÃO E 1° CAP CLIQUE AQUI!)
6. FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. A história dos dominados em todo o mundo. São Paulo: IBRASA, 1983.
7. FONSECA, Selva G. Caminhos da História Ensinada. Campinas: Papirus, 2009.
8. FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Papirus, 2005.
9. FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da História. São Paulo: Brasiliense, 2008.
10. HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula: visita à história contemporânea. 3. ed. São Paulo: Selo Negro, 2010.
11. HEYWOOD, Linda M. (Org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008.
12. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
13. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 2003. cap. “Memória”, “Documento/monumento”, “História”, “Passado/presente”.
14. PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Novos temas nas aulas de história. São Paulo: Contexto, 2009.
15. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007.
Documentos para História
1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2010.
2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; História. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em:. Acesso em: 25 out. 2010.

3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de História para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: d_md_20_03.pdf>. Acesso em: 25 out. 2010.

Como fazer uma resenha

A resenha é uma abordagem que se propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. 

Todo mundo que freqüenta o blog está acostumado a ler várias resenhas toda semana, mas afinal, o que é e o que precisamos saber para escrever um texto desse tipo?
Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.
Tipos de Resenha
Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
1.     Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2.     Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3.     Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4.     Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5.     Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6.     Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
7.     Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8.     Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.
Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
1.     Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
2.     Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
3.     Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
4.     Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;
5.     Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.
Conclusão
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.

Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!

Fonte: Encontrei este texto, entre meus arquivos da época da Faculdade. Caso alguém saiba a real origem deste texto, deixar nos comentários. Obrigado